13 janeiro 2009

just memories....


Retenho muitas boas recordações sobre a minha infância.
A primeira recordação que me salta logo à cabeça, do mais antigo que tenho, é o meu objecto transicional. Eram uns lenços em que usava para dormir, desde que me lembro sempre os usei, enrolava-os nos dedos da mão esquerda para depois passa-los na do buço, de forma a sentir os pequenos borbotos e depois com a mão direita, metia o dedo indicador e o médio na boca para chuchá-los. Só conseguia adormecer desta forma, muitas vezes a minha mão tirava-me os panos para ver se deixava o “vício”, mas não conseguia separar-me deles, isto durou até aos meus 8/10 anos. A derradeira separação deu-se por estes já estarem demasiado velhos e desgastos, passaram de 3 lenços até ficarem 4 bocadinhos pequenos, a minha mãe um dia apanhou-me desprevenida e deito-os fora. Da minha infância também me lembro das minhas brincadeiras com o meu sobrinho João, apenas 9 meses mais novo que eu, brincávamos com legos, barbies e playmobil.
A época natalícia também sempre me marcou imenso, lembro-me que todos os anos a minha família metia as minhas prendas dentro de um grande saco de natal, era eu sempre quem tinha mais prendas, para meu grande entusiasmo. O meu ex-cunhado um ano mascarou-se de Pai Natal, embora sem grande sucesso, pois quando entrou em minha casa desmascarei-o logo, disse: tu não és o pai natal, és o Miguel. Enquanto o meu sobrinho João acreditava piamente na história, chegamos a discutir, e acabei por tirar a barba falsa do Miguel para o comprovar. A minha família achou imensa piada àquilo.
Tenho uma amiga que se chama Joana, é minha amiga desde sempre, somos vizinhas desde que nascemos, portanto muitas das minhas brincadeiras foram passadas com ela, desde a nossa mini cozinha construída (com fogão, mesa e pratos) na rua, onde fazíamos bolinhos de farinha e água, jogávamos à “apanhada” e às “escondidas”, à “macaca” também com os nossos amigos lá da rua.
Gostava muito de andar de patins em linha, na minha rua, o que irritava deveras uma vizinha minha, devido ao barulho que estes faziam ao baterem e escorregarem no chão.
Quanto à minha adolescência não tenho muito a acrescentar, a não ser o meu primeiro beijo, penso que foi um momento bastante marcante da minha vida. Este deu-se quando tinha 14 anos e estava a jogar ao famoso “bate-pé”, típico da adolescência, o rapaz de quem gostava, pediu-me um beijo e eu não vai de modas aceitei. No dia seguinte começamos a namorar.
O que retenho mais da minha adolescência é as amizades que fiz principalmente uma, o Sérgio, que é como um irmão para mim, começamos a falar por mensagens, pois tínhamos amigos em comum e daí nasceu uma fortíssima amizade.
Os meus 17 anos foram algo complicados e também marcantes pois por um lado conheci o Tiago, meu namorado até a data presente, e foi-me diagnosticado um Linfoma de Hodgkin, tive de fazer quimioterapia para ficar “boa”. Superei a doença com a ajuda dos amigos, namorado e família principalmente, devo-lhes tudo, à minha mãe principalmente. A parte psicológica nestes casos ajuda imenso, há que ter sempre pensamento positivo.
Mas nem tudo é mau, pois com isto aprendi que só há uma vida e há que vivê-la com os obstáculos que nos impõem e alegrias que nos proporciona.
Temos que lutar por cada segundo que passa, pois este é único e não temos nova oportunidade de revivê-lo.


(pois é pessoal, ainda tou viva, mas quase morta...tipo morta-viva :) fim do semestre...frekuencia s, trabalhos, voces sabem.....esta pikena grande composição foi escrita precisamente para um dossier pedagogico de pscicologia...em k tinhamos de escrever akilo k retinhamos da nossa infancia...e adolescencia....por isso aki esta...) beijuuuuuuuuu